sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Thomas Morgan e a Ligação Fatorial


Thomas Morgan e os seus colaboradores, entre 1910 e 1940, efectuaram vários trabalhos experimentais, utilizando a mosca-da-fruta (Drosophila melanogaster), que ainda hoje uma espécie muito importante no estudo da genética, devido às suas características peculiares.
Nos seus estudos de cruzamentos diíbridos, Morgan observou alterações estranhas da razão esperada – os seus resultados não correspondiam à 2ª Lei de Mendel.
Com os resultados do estudo, Morgan concluiu que os genes (neste caso responsáveis pela cor do corpo e tamanho das asas) localizados no mesmo cromossoma não se segregavam independentemente, sendo quase sempre herdados juntos. Observou ainda que os dois loci estavam no mesmo cromossoma, ou melhor, estavam ligados.
Todavia, Morgan não sabia ainda o motivo porque dois loci localizados no mesmo cromossoma e em ligação absoluta, não originaram apenas dois fenótipos. Esse motivo deve-se ao facto de o cromossoma ser quebrável, pois assim existe a possibilidade de ocorrer recombinação genica, isto é, genes em loci diferentes no mesmo cromossoma podem separar-se durante a meiose.